Ferrari: um V12 turbo é impensável

Sergio Marchionne, o presidente da Ferrari, foi taxativo ao afirmar que os motores V12 da marca de Maranello "podem vir a ser híbridos, mas nunca serão sobrealimentados", terminando com várias especulações sobre as opções da marca para ultrapassar os condicionalismos de normas anti-poluição que serão muito mais restritivas a partir de 2020.

Isto equivale a dizer que o motor 6.5 V12 de 800 cv que equipa o 812 Superfast poderá vir a ser o último bloco atmosférico "à antiga". Segundo Sergio Marchionne, seria uma loucura pensar em colocar um turbo no motor V12 actual. Este bloco oferece uns impressionantes 123 cv/litro e consome em ciclo misto (de acordo com as normas em vigor) 14,9 litros/100 km, com emissões de CO2 de 340 g/km, cumprindo a normas EU6B, mas o próximo passo (EU6C) é um grande desafio para Michael Leiters, o director técnico da Ferrari.

A solução que terá de estar pronta no início da próxima década passa pela tecnologia híbrida, a única forma de responder aos novos imperativos legais. "Mas ter um automóvel um automóvel eléctrico ou híbrido não é o maior objectivo de muita gente", afirmou Sergio Marchionne.  "Por isso estamos a tentar melhorar as performances e limitar as emissões".

Mas a Ferrari não está sozinha nesta "cruzada". A Lamborghini assumiu uma postura semelhante e já não é segredo que o sucessor do Aventador, que deverá surgir lá para 2022, manterá um motor V12 atmosférico, mas não se sabe se terá algum apoio eléctrico…

 

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